Esse texto acabou virando um "costurado" de palavras inspirado nas conversas com o meu queridíssimo amigo Alexandre. Porque a vida é assim, tem dias que "costuramos", "remendamos" e até "bordamos" a nossa história.
Porque tem dias que a gente não sabe o que quer: se tomamos um chá ou um café.
Tem dias que a gente sofre, pode ser de saudade ou de dor de barriga, pode ser por desprezo depois de uma briga.
Tem dias que a gente só quer que tudo seja mais fácil, mais leve, mais prático...menos dramático (mas eu sou um artista, daí; complica).
Tem dias que queremos que as coisas andem igual macarrão instantâneo, e mesmo sabendo que prejudica a saúde, preferimos o rápido (menos nos dias preguiçosos, nesses queremos a câmera lenta....entenda!).
Tem dias que não sei onde guardei a chave do quarto em que tranquei meus pensamentos, e não consigo lembrar se me tornei aquilo que eu imaginava que seria quando eu crescesse, e fico pensando numa forma de acomodar tudo que carrego, pois carrego muita bagagem, e muitas não são minhas, mas preciso ou escolho carregar.
Tem dias que a vida exige um ato de coragem, e a gente precisa da peça que encaixe, alguém que fique, que abrace. Que não deixe você acreditar que dias ruins tornam tua vida ruim. Porque como diz a poeta: tem dias que o coração prende o dedo na porta. E dói. Mas passa...
Tem dias que "tá" nublado aqui dentro, e mesmo assim a alegria é pura teimosia, mais teimosa do que eu, e insiste em me arrancar sorrisos.
E ainda que tenha dias que a vida pareça um bolo light, sem açúcar, a gente coloca uma cobertura doce de chocolate. E para todos os dias..."tá tudo bem."