Nem tudo eu planejei. Teve dias que foi tipo Zeca Pagodinho, deixei a vida me levar, e teve outros dias, que não.
O que eu planejei, quase tudo aconteceu, dentro do esperado, e algumas coisas, não.
E muitas coisas não planejadas aconteceram exatamente como eu gostaria, se tivesse planejado. E outras, claro, também não.
Não planejei ser professora, mas um dia a falta de grana para cursar veterinária, me colocou dentro de uma sala de aula, e de lá nunca mais saí. Até saí, mas a vida me resgatou, graças a Deus.
Não planejei casar, teve uma fase que eu não queria mesmo; casei.
Não planejei ter filhos, depois quis tê-los em número tão grande, que se tivesse tido, hoje, seríamos multados por aglomeração (e olha, falta bem pouco...risos).
Não planejei ser mãe especial, mas um dia o José me escolheu. Privilégio de poucos.
Não planejei escrever, mas um dia comecei. Mas escrever é algo que eu nunca planejo. Simplesmente acontece.
E lendo tudo isso me dou conta que nem tudo precisa ser planejado, mas precisa ser intensamente vivido. E ao viver, poder planejar novos começos, como quando não planejei me separar, mas uma sequência de dias bons, e não tão bons, fez com que eu começasse a planejar.
Mas essa é a segunda parte desse diário.
Amanhã eu te conto.