Biologicamente, a simbiose é uma relação mutuamente vantajosa, na qual, dois ou mais organismos diferentes são beneficiados por esta associação.
Essa metáfora biológica é usada na psicologia para descrever a situação de dependência emocional entre indivíduos.
Na semana passada, ouvi de uma terapeuta Reiki, minha querida amiga Carol, a melhor leitura da minha relação com o José que já ouvi até hoje. E olha que eu já ouvi um bocado...Ela disse: "Vocês estão vivendo uma parte do parto que não nasceu!"
Vivemos em simbiose, e são nas intercorrências que o José evolui, porque ainda, para ele, a leitura de evolução vem a partir da dor (uma leitura espiritual, talvez nem todos consigam acomodar essa informação), e a cada internação vamos nos dando conta de que precisamos fazer novas combinações.
Estamos num intenso processo para que possamos consolidar nossa individualidade, e isso é sofrido, para nós dois. Dói! Sim, dói muito, pois estamos reorganizando a nossa dinâmica de vínculos. Estamos nos tornando seres autônomos e precisamos estabelecer limites.
Essa última internação trouxe novas perspectivas: nosso pequeno está crescendo. Mas as experiências seguem carregadas de muito amor. Um amor que dessa vez transbordou, esparramou, contagiou. Um amor que tem o poder de tornar tudo possível, que emancipa, que liberta e que deixa voar.